“Uma Rapsódia para Sarah Bernhardt”: Um símbolo de força e empoderamento teatral

Espetáculo celebra a vida da “atriz mais famosa da história”, durante o mês de julho.

Créditos: Divulgação/João Caldas

As segundas-feiras do mês de julho, na Arena B3, em São Paulo, foram marcadas por sessões gratuitas da peça teatral “Uma Rapsódia para Sarah Bernhardt”. Inspirado na trajetória da artista francesa, o espetáculo expõe os desafios e as conquistas das mulheres no teatro. Luciana Carnielli é responsável por dar vida a personagem e estabelecer uma relação entre o passado e presente. 

A peça trouxe os problemas do século XIX, que conversam com os conflitos atuais do teatro. Essa mistura entre o tempo cria uma rapsódia cômico-dramática cheia de crítica, modernidade e homenagens. Ao longo da peça, também é abordada a relação de Sarah com o Brasil, onde se apresentou diversas vezes e sofreu uma lesão na perna, em 1905, que com o tempo evoluiu e levou a amputação 10 anos depois. Mesmo após o acidente, Sarah continuou sendo o centro das atenções nos palcos.

A primeira atriz a virar celebridade

A personalidade de Sarah foi crucial para receber maior visibilidade durante sua carreira, contrariando as expectativas da sociedade. Para ela, interpretar mulheres não era tão interessante e não expressava seu talento, em comparação com os papéis dos homens. Fora dos palcos, a atriz provocava os padrões impostos, ao usar calças, que era proibido para as mulheres, e ao se relacionar com uma outra artista.

Bernhardt nunca escondeu suas ações da mídia, mesmo que isso causasse uma repercussão polêmica de sua imagem. Sua atuação dramática e cativante em papéis grandes chamaram atenção do público e da crítica. A transição da atriz dos palcos para o cinema foi aclamada e transformou-a em uma das maiores celebridades do teatro.

Por Isabela Slussarek