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O papel da arte na ditadura militar em “Carlos Zilio - a querela do Brasil”

  • gestao659
  • 1 de ago.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 4 de set.

Exposição retrata a cronologia da carreira do artista e sua participação ativa na política da época

Obra de Carlos Zilio exposta em a querela do Brasil
Créditos: Reprodução/Instagram/Paulista Cultural

O Itaú Cultural (IC) recebeu durante os dias 25 de março e 6 de julho uma retrospectiva pela carreira de Carlos Zilio, um dos maiores artistas visuais do país. Com mais de 100 obras, a exposição gratuita “Carlos Zilio - a querela do Brasil” é iniciada com os trabalhos realizados durante a ditadura e passa por reflexões sobre a identidade nacional, o modernismo brasileiro e a ausência. 


Os três andares do edifício foram ocupados por diferentes instalações cronológicas da carreira de Zilio. Para a gerente de Artes Visuais e Acervos do Itaú Cultural, Sofia Fan, “para entender seu (Carlos Zilio) trabalho artístico e intelectual, é preciso olhar para o contexto social, político e artístico no qual ele estava inserido”.


“Os visitantes poderão compreender como ela (exposição) se relaciona com a história recente do país e conhecer mais os diferentes movimentos artísticos com os quais o seu trabalho dialoga, da década de 1960 até hoje", declara Sofia Fan.

O primeiro espaço é ocupado pela instalação “Atensão”, de 1976, que é conhecida pela grandiosidade e pelo uso de materiais de construção, metrônomo e bomba de compressão em metal, explorando a tensão e a suspensão. Os espaços englobam pinturas, cadernos de trabalhos e esculturas famosas, como “Lute”, que representa a ideia de mobilização dos trabalhadores contra o movimento autoritário.


“A Querela do Brasil” é um trabalho baseado em sua tese de doutorado, que recebeu o mesmo nome, defendida na França em 1970. Nela, Zilio criticava o modernismo e o estereótipo das brasilidades, e apontava a influência de outras culturas na identidade artística nacional. O trabalho do artista era de criticar o sistema político da época e incentivar a luta da sociedade pelo retorno da democracia.


Com uma maior participação nos movimentos anti-ditadura, o artista acabou interrompendo sua carreira por dois anos, após a sua prisão decretada pelos militares, durante uma ação política dos operários. A primeira obra produzida após o fim desse período foi “Auto-retrato”, em 1970, representando a violência e a ausência humana. Todas essas obras e muitas outras compõem o acervo de “Carlos Zilio - a querela do Brasil”.


Por Isabela Slussarek


 
 
 

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