“Fullgás - artes visuais e anos 1980 no Brasil” reúne obras de 200 artistas da época
- gestao659
- 1 de ago.
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Atualizado: 4 de set.
O Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo é palco da exposição dedicada aos anos 80

Após o sucesso no Rio de Janeiro (RJ) e em Brasília (DF), a exposição “Fullgás - artes visuais e anos 1980 no Brasil” chegou em São Paulo (SP) no dia 28 de maio. A mostra fica em cartaz até o dia 4 de agosto, de maneira gratuita, e abrange cerca de 300 obras de diferentes artistas brasileiros, mostrando a diversidade da arte nacional durante a década de 1980. O acervo reúne pinturas, revistas, panfletos e capas de disco populares do período. A exposição busca o contato do público com uma geração que mudou a forma de fazer arte no Brasil.
“Fullgás” ocupa todo o prédio do Centro Cultural Banco do Brasil - São Paulo (CCBB SP) e conta com cinco núcleos diferentes, que recebem o nome de músicas famosas dos anos 80: “Que país é este” (1987), “Beat acelerado” (1985), “Diversões eletrônicas” (1980), “Pássaros na garganta” (1982) e “O tempo não para” (1988).
Uma passagem pelos núcleos
A área “Que país é este” aborda o fim da ditadura e o início da democracia, refletindo sobre política, economia e organizações civis. Nesse núcleo, são representados os movimentos negros, das mulheres, dos indígenas e o punk, que criticavam a organização governamental da época e que lutavam por uma maior participação social na política. “Beat acelerado” é um conjunto de obras e artistas que focavam na aceleração do tempo, na paixão pela cor e no prazer. O acervo engloba formas de pintura e desenhos, e a comemoração ou negação da austeridade da arte nos anos 70.
O núcleo “Diversões eletrônicas” apresenta obras futuristas da época, que viam a televisão, as inovações tecnológicas e o mundo aeroespacial como os próximos passos da humanidade. Esse é o momento em que os artistas misturam a criação com a expansão da tecnologia. “Pássaros na garganta” é uma representação da visão dos criadores sobre a natureza e as discussões ecológicas da década. O último núcleo, “O tempo não para”, aborda o tema da passagem do tempo como finitude, de forma melancólica.
A visitação acontece todos os dias, exceto às terças-feiras, no horário das 9h até 20h e endereço Rua Álvares Penteado, 112 - Centro de São Paulo. Os ingressos devem ser adquiridos com antecedência no site disponibilizado pelo CCBB SP.
Por Isabela Slussarek



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