“A Ecologia de Monet”: As transformações ambientais pelos olhos do artista
- gestao659
- 8 de ago.
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Atualizado: 4 de set.
Nova exposição do MASP reúne 32 obras produzidas ao longo dos 50 anos de carreira do artista

O Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP) recebe do dia 16 de maio até 24 de agosto a exposição “A Ecologia de Monet”, uma leitura contemporânea sobre a relação de Claude Monet com a natureza, modernização das paisagens e as transformações ambientais. O acervo conta com 32 pinturas que representam os diferentes momentos da carreira do artista. A mostra é dividida em cinco núcleos temáticos: “Os Barcos de Monet”, “O Sena como Ecossistema”, “Neblina e Fumaça”, “O Pintor como Caçador” e “Giverny: Natureza Controlada”.
Os núcleos de Monet
“Os Barcos de Monet” representa o afluente do rio Sena em uma imersão. Nessas obras, as barcas são vistas de um ponto de vista elevado, o que elimina a existência de uma linha de horizonte. As cores da água são intensas, com tons verdes, amarelos e vermelhos, e feitas a partir de pinceladas onduladas, que provocam um movimento de fluidez. As obras do núcleo “O Sena como Ecossistema” representam as águas do rio como principal aliado de Monet para o processo criativo. No projeto, o percurso do Sena é realizado por um painel curvo, que conduz o visitante ao longo das pinturas.
Em “Neblina e Fumaça”, é demonstrada a visão do artista em relação às transformações industriais e urbanas da época. No século XIX, a Revolução Industrial foi representada por Monet de maneira cromática e com pinceladas singulares, que representam a atmosfera pesada da cidade industrializada. O “Pintor como Caçador” destaca a trajetória do artista em busca de paisagens adequadas e originais para serem representadas em suas obras. “Giverny: Natureza Controlada” reflete a paixão do pintor pelos jardins de sua casa na cidade de Giverny, na França, e o desejo de moldar e controlar a natureza.
Exposição no MASP
“A Ecologia de Monet” integra a programação anual do MASP voltada para às Histórias da Ecologia, junto com outras instalações como, Hulda Guzmán, Mulheres atingidas por barragens, Frans Krajcberg e Clarissa. O museu oferece entrada gratuita todas as terças-feiras, durante o dia inteiro, e às sextas-feiras, das 18h até 20h. Crianças com até 10 anos, pessoas com deficiência e membros do programa Amigo MASP também não pagam.
A exposição se preocupou com a inclusão, oferecendo visitas em Libras ou descritivas, textos ampliados e produções audiovisuais com uma linguagem acessível. Um catálogo também será publicado com informações sobre a mostra, que reúnem imagens e debates sobre o Monet e a ecologia.
Por Isabela Slussarek



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